Desconhece-se a data concreta da construção da atual igreja matriz, mas parece ter ocorrido no início do século XVIII, por volta de 1702, conforme contratos realizados com Manuel de Faria (de Lordelo do Ouro, no Porto), com intenção de construção da pedraria da igreja e obras de carpintaria do corpo da igreja e do teto e ainda das portas do púlpito e da sacristia. A igreja sofreu alterações posteriores pois a fachada neoclássica contrasta com o interior barroco. O sino mais antigo de Gandra, que ainda hoje existe, é de 1706 e é da autoria de Manuel Gomes Ferreira.
O certo é que teria existido um templo anterior, pois os Estatutos da Confraria das Almas fundada na Parochial Egreja de São Miguel de Gandra datam de 1696.
A igreja paroquial de Gandra, segundo o abade relator das Memórias Paroquiais, localizava-se “fora do lugar”, numa zona deserta, ou “gandara”, e por isso se chamava Gandra.
O orago da igreja era S. Miguel Arcanjo e o templo, de uma só nave, tinha três altares: o altar-mor com as imagens de São Miguel, São João Batista, São Bento, São Caetano e São João Marcos; e dois colaterais, um dedicado ao Santo Nome de Jesus e outro a Nossa Senhora do Rosário. As paredes do templo tinham duas urnas de talha dourada que serviam de túmulos à imagem da Senhora da Boa Morte e ao Senhor Morto e as ditas urnas estavam adornadas com as imagens do Coração de Jesus e Maria, Santa Quitéria, São Gonçalo, Santo Ovídeo e Santa Águeda.
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