A criação da freguesia ocorreu em tempos muito remotos. Durante o início da época medieval, pertenceu à Terra de Sousa, que englobava uma área situada entre os vales do rio Tâmega e Ferreira. Nas Inquirições de 1220, toda esta zona de implantação nobiliárquica, dominada pelos Sousas, aparece dividida em dois territórios: o Termo de Ferreira e o Termo de Aguiar. A prova da precoce fundação de Gandra como Freguesia está no facto de ser citada, já, em documentos do século XII. No "Catálogo dos Bispos do Porto", temos a notícia de que a igreja da Gandra foi fundada por D. Mafalda. A mesma que edificou a de Abragão, em Penafiel, a Ponte de Canaveses, e deixou renda para a barca de passagem gratuita no Douro. Durante a Idade Moderna, Gandra pertenceu ao Concelho de Aguiar de Sousa, e em 1837, com a extinção deste, passou para o de Paredes. Gandra viveu momento alto da sua história aquando das lutas entre liberais e absolutistas, nos anos 30 do século XIX. Tornada conhecida como a Batalha de Ponte Ferreira, decorreu entre Gandra e Campo em 22 de Julho de 1832. Em termos patrimoniais, merece destaque a Igreja Matriz, com torre sineira adossada. No interior, salienta-se o tecto da igreja, adornado com figuras bíblicas, e a talha dourada do retábulo do altar-mor.