Esta casa foi construída em 1901 e era uma habitação de grandes dimensões, possuindo quatro fachadas e uma torre de inspiração medieval, que funcionava como chaminé de cozinha, estando rodeada de campos agrícolas. Em 1917, a casa foi descrita por Mário Freire, na sua obra Terra Lusa impressões de Viagem – Minho e Douro de Relance:
“A casa é de renda, mas é uma casa d´aspecto apalaçado, com sete janellas de frente e sacada, com entrada nobre, jardim ao centro, claustros em volta sustentando em columnatas esguias uma ampla varanda corrida. Ao fundo da casa, no angulo da escada, uma coisa que me afigurou uma torre de feudalicas tradições constructivas. O sr. Abbade tranquilisa-me: é apenas a chaminé da casa!”
A casa era propriedade de Vitorino Coelho da Silva e de sua sogra que a cederam por esmola a título temporário a Sílvia Cardoso. Após algumas obras, foi aberta a 14 de março de 1927, por iniciativa da dita Sílvia Cardoso, tendo estado presente à inauguração o bispo do Porto D. António Barbosa Leão. Sílvia Cardoso Ferreira da Silva foi uma senhora de grande piedade e espiritualidade. Entre 1927 e 1930, fizeram retiros espirituais nessa casa perto de 2 mil pessoas, onde também se hospedavam pessoas com necessidades de trabalho, ajudando nos trabalhos domésticos.
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