Como pudemos constatar ao longo dos capítulos anteriores, há um nome que se destaca na história de Gandra e que de topónimo se extrapolou para apelido: Moreira, da Casa da Lousa. Pelo menos desde 1288, o topónimo Moreira surge na documentação o que é sintomático da sua existência anterior. A origem desta família Moreira, em São Miguel de Gandra, poderá recuar ao século XV.
O quinto filho de Gaspar Gonçalves Moreira, o padre Amaro Moreira, “o mais ilustre dos irmãos da primeira geração dos Moreiras da Gandra, fundou a Misericórdia de Penafiel[1], da qual teria sido provedor entre 1627 e 1628. Mandou construir, a expensas suas, a igreja da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel e dotou a capela-mor para que ficasse reservada para os seus administradores, onde tinham o seu jazigo e cadeira de espaldar.
O conhecimento da origem da Casa da Lousa, em Gandra, está documentado desde o século XVII. Pequenos ou grandes proprietários rurais, detentores de morgadios e de grandes casas de lavoura, ou de simples casais, os Moreiras da Gandra atravessaram transversalmente a sociedade, tendo saído desta família figuras ilustres do Clero (tanto secular como das ordens religiosas), da Magistratura, do Exército, da Universidade, das Letras e da Política, Agricultura, Comércio ou Indústria.
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